31 de jul. de 2017

Tratamento parte IV



O que é progressão em um tratamento subjetivo como o da depressão?
São 8 meses de tratamento e aqui estão alguns registros anteriores: parte I o relato das primeiras consultas, parte II, altos e baixos, e a parte III, pedalando no fundo do poço.
Os meses de junho e julho são marcados pela mudança na estação, o frio, a chuva do inverno do sudeste e principalmente seus dias nublados interferem no humor. Precisamente, menos sol significa mais depressão. Tanto por alterações no ciclo do sono, quanto na diminuição de atividades que geram serotonina.

Sobreviver ao inverno, sem recursos financeiros adequados, com toda a fome de carboidratos que aparece junto com o frio, parece um grande desafio né? 

Estou finalizando o mês de julho ainda tentando entender uma crise de raiva do mundo, os motivos de eu não estar escrevendo minha tese e qual caminho tomar.

Junho foi sociável e de grandes superações, fiz um concurso com prova didática e fui muito bem, apesar de não ficar com a vaga, isso me fez perceber que estou no caminho certo, reforçou minha segurança quanto ao destino profissional. Superei problemas, resolvi coisas e me vi humana novamente. Tive sonhos catárticos que me mostraram que devo exigir menos de mim e aceitar minha condição humana, incompleta, falha, contraditória, complicada...

Julho foi o mês de aceitar a regressão. Lembrar que faz parte do tratamento dar umas estacionadas de vez em quando. Uma parte da imobilidade em que me encontro é inércia, outra é falta de vontade e tudo bem. Tentaremos novamente após o sinal... biiiiip.

Vou virar o mês e tentar me encontrar. Em agosto, o sol volta e eu posso me reanimar.